Hoje, ao iniciar o meu dia, li, na Folha Dirigida, a notícia de que a comissão do concurso para o TRE/PE já está formada. Para quem não conhece a história, este pleito ocorreu em janeiro de 2010, teve mais de 85 mil inscritos e foi anulado em decorrência de diversas irregularidades.
Na época, participei ativamente do início do processo pela sua anulação. Fui ao TRE, MPF, dei entrevista em rádio, imprensa escrita, fiz o barulho necessário para ser ouvida e incentivar os demais candidatos a também apresentarem suas reclamações. E foi através dessa experiência que percebi o quanto as pessoas desconhecem como funciona um concurso público.
Para registrar e dar força as denúncias que fiz, eu precisava de provas substanciais sobre os fatos, caso contrário seria a minha palavra contra a da organizadora; e qual o melhor meio para tanto, senão a ATA da sala de prova? Contudo, acabei descobrindo que muitos candidatos desconheciam sua existência e importância.
Caro colega concurseiro, desejo que você não vivencie esta experiência, mas se porventura vier a viver, lembre-se da ATA. Todas as situações irregulares devem ser registradas neste instrumento, das mais bobas às mais sérias. Não espere pela boa vontade do fiscal em anotá-la, exija e ao ir embora peça para lê-la.
Assim, se for o caso para anulação do concurso, você terá subsídio suficiente para tanto.
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